Para quem ainda não sabe, o deputado estadual Edinho Silva, presidente do PT no Estado de São Paulo, havia ganhado um programa na TV da comunidade católica “Canção Nova”. No programa de estréia, ele levou como convidados o ministro Gilberto Carvalho e o deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP), que costuma apresentar-se como uma espécie de eminência dessa corrente do catolicismo. O próprio presidente da Canção Nova estava na bancada!
Os fiéis católicos não gostaram. Centenas de protestos ocorreram, e teve início um forte movimento nas redes sociais. E fizeram muito bem! Por quê? Edinho Silva foi quem comandou a reação contra os católicos que se organizaram, de acordo com os princípios da Igreja, para que os eleitores não votassem em candidatos e partidos que defendem o aborto.



Os fiéis da Canção Nova merecem respeito e não são responsáveis por eventuais desvios de conduta da direção. Até hoje me pergunto por que um de seus padres, José Augusto, que fez uma homilia contra o aborto, foi severamente repreendido, enquanto o petista Edinho Silva ganhou um programa. Isso significa que alguns desses pastores tinham perdido o rumo. Mas, graças a Deus, não o rebanho católico.
Como costuma ocorrer às vezes na Igreja, o rebanho corrige, então, o rumo do pastor, porque tem mais faro para perceber a proximidade do lobo. E muitos lobos estavam e estão rondando a Canção Nova, disfarçados em pele de cordeiro. A pressão contra o comando foi grande. Leiam agora o que informa o Painel da Folha de São Paulo:
A rede Canção Nova, emissora de TV e rádio ligada ao movimento católico Renovação Carismática, resolveu tirar do ar os programas comandados pelos deputados federais Gabriel Chalita (PMDB-SP) e Eros Biondini (PTB-MG), pelos estaduais Edinho Silva (PT-SP), Paulo Barbosa (PSDB-SP) e Myriam Rios (PDT-RJ), e pela primeira-dama paulista, Lu Alckmin. (...)O elemento precipitador foram as reações negativas de fiéis e lideranças da igreja à recente incorporação de Edinho, presidente do diretório estadual petista, ao quadro de apresentadores da Canção Nova. "Conexões - Justiça e Paz”, o programa de Edinho, estreou em 3 de novembro tendo como convidado Gilberto Carvalho. Principal mentor político do deputado petista, o secretário-geral da Presidência foi também articulador da aproximação entre a campanha de Dilma Rousseff e a Canção Nova no segundo turno da eleição presidencial. Até então, a candidata vinha sendo duramente combatida por religiosos da Renovação Carismática. O programa de Edinho deu origem, nas redes sociais, ao movimento Canção Nova Sem PT. Um panfleto traz em vermelho o nome do partido e as expressões “aborto”, “casamento gay” e “Teologia da Libertação”.(...) A cada eleição, cresce o interesse de políticos de todos os partidos pelo estoque de votos sob o raio de influência da Canção Nova. Aumenta também o desconforto de setores da igreja.(...) Procurado pelo Painel, o Conselho Deliberativo da Fundação João Paulo 2º, mantenedora da Canção Nova, confirmou a decisão de suspender os programas, tomada na sexta-feira passada.
É isso: por uma Canção Nova sem lobo se fingindo de cordeiro! As comunidades católicas não são plataformas para políticos que querem se eleger desrespeitando os fundamentos da doutrina cristã. Quem anda de braços dados com os defensores do aborto não pode merecer o voto católico. É simples e óbvio assim.
Ninguém é obrigado a ser católico. Quem quiser defender o aborto, ou defender quem o defenda, deve renunciar à Igreja e procurar o seu rumo.
Reiteramos os nossos parabéns aos fiéis da Canção Nova! Os católicos dessa comunidade e de outras tantas não devem ter receio de corrigir suas lideranças. O comando da Canção Nova cometeu dois erros graves: quando censurou o padre José Augusto por agir de acordo com sua boa consciência e segundo os princípios cristãos, e quando acolheu Edinho Silva, conduzido pelas mãos de Gabriel Chalita. É preciso olhar com atenção a teologia desse deputado.
A política pode conviver com certas heterodoxias; a Igreja não!
Por Reinaldo Azevedo - Blog Revista Veja
Olá Fliepe, Primeiro gostaria de dar parabens pela iniciativa. Bem, quanto ao post sobre a Canção Nova, eu discordo de alguns pontos e concodo com outros relativos a presença de "politicos" fazendo programas na Canção Nova. Concordo plenamente que a CN não deve apresentar em sua grade programas direcionados as questões politicas do Pais, pq alem de tudo não é o carisma da Comunidade discutir questões politicas. Agora quanto a presença de Politicos fazendo programas na CN pq nem todos os politicos são "pessoas iguais", Pra mim eles podem sim ter programas, desde que tenham um objetivo Cristão/Envangelizador, e para isso a profissão não é o que importa e sim sua fé e experiencia de vida. Não conheço todos mas alguns tem testemunhos Pró Igreja/Evangelho mais que suficientes para merecer. E por fim algo que não gosto, é ver pessoas leigas (no bom sentido) tentando julgar uma ação (por mais que seja claramente errada e contraria a igreja), de uma comunidade que por ser formada por humanos tbm erram, e esta ja foi reconhecida pelo proprio Vaticano. Lembrando que o unico com direito a "Julgamento" é Jesus Cristo, e ele deixou na terra seus representantes ao qual nos devemos todo o respeito e deixar que seus atos errados sejam julgados por Jesus e não por nós mesmos.
ResponderExcluirE a proposito, achei um absurdo as "tirinhas comicas" feitas para ilustrar uma situação que pra mim esta muito longe de ser possivel.
Enfim esta é a minha simples e humilde OPINIÃO, o que escrevi é apenas minha opinião e nada mais.
Abraço. e parabens pelo Blog.